'Galeoke 2' e 'Em Companhia da Morte' chegam à Imperdível

Novo trabalho de Filmes de Bonaval · Segundo volume do jogo musical

Segunda, 26 Dezembro 2011 10:12

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PGL - Duas esperadíssimas novidades estám já disponíveis na loja Imperdível. Trata-se do Galeoke 2, segunda ediçom da recompilaçom de música para cantar entre amigos ou com a família, e de Em Companhia da Morte, último trabalho de Eduardo Maragoto, Vanessa Vila Verde e João Aveledo, autores do sucedido Entre Línguas.

“Galiza é um país de artistas, isso é assim. Nom há sobremesa, romaria ou festa de colegas que nom remate entoando algum dos grandes sucessos da nossa música popular”, assinalam da equipa que fai possível o Galeoke. O que faltava? “Fazer disso um jogo. E nós nom inventamos nada”, assinalam em referência a outras ferramentas já existentes com que “nom nos identificávamos... se nem sequer lhes sabemos pronunciar bem o nome!”.

Foi daí que surgiu há um ano a ideia de criar o Galeoke, o qual chega agora com umha segunda ediçom que acrescenta 21 novos temas de grupos tam significativos na música galega dos anos como Heredeiros da Crus, The Homens, Chouteira, Faltriqueira ou os históricos Radio Océano, entre muitos outros.

Capa do Galeoke 2
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O mundo da morte na Galiza e Portugal

Maragoto, Vila Verde e Aveledo integram o coletivo rebatizado como Filmes de Bonaval (antigo Glu-Glu). Para Em Companhia da Morte contárom com a ajuda económica da Agência Galega de Indústrias Culturais (AGADIC) e a montagem de Ramiro Ledo Cordeiro, igual que aconteceu com o seu anterior trabalho. O resultado é umha plástica viagem de meia hora ao mundo dos mortos nas casas dos vivos, expressa deste modo na contracapa do documentário:

Algures nas montanhas ainda há famílias que sabem que falecer forma parte da vida, e dulcificam o pior de todos os contratempos com histórias sem cabimento na sociedade em que a morte é levada para longe dos nossos olhos, recluída em hospitais e tanatórios. Trata-se de histórias inquietantes em que o mais implacável inimigo humano se mostra em figuras compreensíveis para a mente das pessoas.

O acompanhamento é um dos nomes populares que ainda recebe um mito que a literatura galega renomeou como Santa Companha. Como as estântegas ou as candeias, trata-se de um sinal anunciador da morte. As pessoas que deles nos falam vivem longe da nossa maneira de ver a realidade, mas nem tanto das nossas casas.

Onde habitam estas mulheres vestidas de negro que fogem da morte tratando-a por tu?

Documento lingüístico excecional

Apesar da temática tratada, Em Companhia da Morte compartilha muito com Entre Línguas, o filme anterior deste coletivo, ao se tratar de um excecional documento lingüístico. As protagonistas, todas mulheres, som originárias de umha dúzia de aldeias de umha regiom que nom é revelada até o final. Segundo declarárom os autores e a autora ao Portal Galego da Língua, “pretendemos mexer na nossa identidade lingüística, fazendo abalar algumhas certezas em que fomos instalados em relaçom à extensom da nossa língua”. Em geral, acrescentam, “nom temos problemas para distinguir cultural ou lingüisticamente umha pessoa galega de umha portuguesa, mas se formos procurar longe das vilas e das cidades em que vivemos ou que costumamos visitar, talvez tenhamos mais dificuldades”.

Para além do documentário de meia hora, que também pode ser visionado com legendas em español e em inglês, Em Companhia da Morte conta com cerca de duas horas de extras (Documentos), em que o registo da língua destas pessoas continua através de entrevistas em que som tratadas diversas temáticas relacionadas com a religiosidade, as crenças ou a cultura local.

Capa e contra-capa do DVD de Em Companhia da Morte
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Trailer de Em Companhia da Morte