«No futuro, a Galiza estará formalmente entre os países de língua portuguesa»

Apresentação a dia 15 em Braga d'O Pinguim Pingalim e o Leão Tião

Sábado, 14 Dezembro 2013 09:57

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PGL Portugal - O que faz uma bandeira da Galiza no cartaz de apresentação de um livro-CD infantil? O Pinguim Pingalim e o Leão Tião, após ser apresentado em Lisboa, será divulgado publicamente a dia 15 na FNAC de Braga. E, com efeito, uma bandeira galega, rodeada de congéneres lusófonas, aparece no centro do cartaz.

O Pinguim Pingalim e o Leão Tião é um projeto conjunto da designer Manuela Rocha, a escritora Lurdes Breda e o músico João Conde. Através de um crowdfunding em que a equipa logrou reunir algo mais de 3.000€.

A Galiza não lhes resulta desconhecida, por uma razão ou outra. Rocha, por exemplo, ilustrou o livro A Casinha do Vento, da escritora Maria do Céu Nogueira, a qual já editou com a AGAL Editora. Por sua parte, Breda foi quem teve a ideia original de colocar a bandeira da Galiza no cartaz de apresentação do livro e assim o explica:

A ideia seria colocar no cartaz a bandeira de todos os países que fazem parte da CPLP. No entanto, este ano realizámos um Encontro com Escritores da Lusofonia em Montemor-o-Velho e várias pessoas nos chamaram à atenção de que não convidar nenhum escritor galego era uma grande falha, pois a Galiza estaria, no futuro, formalmente entre os países de Língua Portuguesa e também pela ligação afetiva e histórica que sempre ligou Galiza a Portugal e vice-versa.  Falei com o Dr. Francisco Nuno Ramos do Observatório da Língua Portuguesa que me deu a ler vários artigos que reforçavam o que acabei de dizer e que foi também de opinião que esta seria uma atitude correta a ter. Isto pela parte formal, a parte informal foi pelo bom relacionamento que tenho com vários amigos galegos e por considerar que era importante incluir a bandeira galega.

O livro não faz nenhuma referência direta à Galiza, mas tenta levar as crianças a descobrirem outros povos e outras culturas. Tem um princípio de inter e multiculturalidade, de curiosidade e de respeito pelas diferenças. «A globalização permitiu-nos chegar com muita facilidade a outros cantos do mundo, mas é importante manter uma certa identidade cultural e valorizar algumas das diferenças. É iso que o livro tenta dizer de uma forma muito simples e divertida», indica Breda.

Este trabalho, que vai ser agora apresentado em na FNAC de Braga no domingo às 11h30 —hora portuguesa—, surgiu originalmente no âmbito académico, pois faz parte da tese de Mestrado em Ilustração e Animação de Manuela Rocha, com a qual o João Conde —músico do projeto— e Lurdes Breda —escritora— não hesitaram em colaborar.

 

[Prima aqui para alargar a imagem do cartaz]