Apresentação do caderno de música Cantar-te-ei, Galiza (2013, Dos Acordes)
Terça, 14 Maio 2013 00:00

PGL - O próximo dia 15 de maio, dentro do concerto homenagem a Rosalia de Castro que terá lugar na igreja de Bonaval, realizar-se-á a apresentação do caderno Cantar-te-ei, Galiza publicado pela editora Dos Acordes em colaboração com o Conservatório Profissional de Música.
O caderno, que contém a música de cinco novas obras sobre poemas de Rosalia, mais uma obra resgatada do arquivo da catedral, completa-se com uma nota histórica sobre o deslocamento dos restos da poeta da Adina a Bonaval, e com uma tábula gratulatória onde se agradece a colaboração das dezeoito pessoas que contribuíram para o financiamento da publicação.
Da nota histórica prévia à música:
Prelúdio
Comemoramos este ano o 150 aniversário da publicação dos Cantares Galegos de Rosalia de Castro, saídos do prelo o 17 de maio de 1863, trinta aniversário do seu marido Manuel Murguia, dia em que a sua companheira lhe oferecia este poemário como sinal de mútuo amor e de compromisso por Galiza. O conservatório profissional de música de Santiago de Compostela celebra este acontecimento com um concerto extraordinário realizado na igreja de S. Domingos de Bonaval, onde descansa a poeta e música galega.
Com motivo deste concerto também se pretende recuperar a memória histórica e musical da deslocação dos seus restos desde os campos de Íria, como bem diz Máximo Leis Posse (La patria gallega, 1891). Quando Rosalia foi levada da Adina a Bonaval, desde a estação de Cornes, em Compostela, organizou-se uma comitiva fúnebre integrada por numerosas pessoas e entidades da cidade, para acompanhá-la até ao que seria a sua última morada. Ao passo da comitiva todos os comércios fecharam em sinal de dó, nas ruas cheias a gente manteve um reverencial silêncio só rasgado pelas báguas dos presentes ao passo da música. Diante do edifício da Universidade central, atual faculdade de Geografia e História, e a carão da casa onde viveu uns anos o matrimónio Murguia-Castro, os estudantes prepararam a sua homenagem com a leitura de um sentido poema e teve lugar a interpretação pelo orfeão Valverde do Miserere composto por Mariano Tafall em 1873, estreado no funeral do próprio autor em 1874. Esta obra está especialmente composta para a sua interpretação numa comitiva funerária, a sua instrumentação constituída por instrumentos de sopro que acompanham as vozes permite ir cantando a obra a medida que se caminha. Esta é a partitura que se recupera neste caderno e que a orquestra e o coro do conservatório interpretarão no concerto para comemorar este acontecimento. [...]
O caderno de 58 páginas conta com o índice a continuação:
Prelúdio
Tábula gratulatória
Miserere para coro e conjunto de sopros, de Mariano Tafall
Cantar-te-ei, Galiza para canto e piano, de Sandra Galera Martínez
Nasci quando as plantas nascem para canto e piano, de Laura Cuñarro García
Fum um domingo para canto e grupo de jazz, de Lucas M. Suárez de Centi
Sem ninho para canto e orquestra de guitarras, de Alexis Rozas Losada
Bons amores para canto e quinteto de metal, em dous andamentos (I. Cantiga II. Moinheira) de Roberto M. Bolaño Amigo
Exemplares da publicação poderão ser adquiridos na secretaria do centro ao preço de 30€.
Caderno Cantar-te-ei, Galiza
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