Já à venda o n.º 107 do Novas da Galiza
Entrevista a Valentim R. Fagim com motivo do 30º aniversário da AGAL
Segunda, 24 Outubro 2011 07:36

PGL / Galizalivre.org - Já está à venda o último número do Novas da Galiza. A informaçom de atualizade está marcada pola crise e o «ataque» aos bens públicos, como as caixas de aforros ou o ensino.
O NGZ leva tempo a trabalhar por alargar a sua presença em diferentes ámbitos e espaços, e este mês trai umha oferta —com premiaçom— neste sentido: «subscreve ao Novas da Galiza o teu centro de trabalho, biblioteca, bar, associaçom cultural... e leva como presente um lote de material por valor de duas subscriçons (48 euros)».
A secçom “A Fundo” deste último número está dedicada à desapariçom das caixas galegas —primeiro fusionadas entre si e depois convertidas num banco—, «consumando o espólio do aforro galego» e colocando em «grave perigo» a obra social que realizavam estas entidades.
Na secçom “Mar” explica-se como a Junta estaria a encobrir como fundos para a gestom prémios às confrarias afins ao PP; enquanto em “Agro” se analisam os interesses do PP para expulsar a feira de gado de Ámio, em Santiago de Compostela. “Economia” trata neste mês críticas que instituiçons como a ONU estám a fazer às medidas de «austeridade». Também se debulha o modo em que as grandes fortunas estám a esquivar o imposto sobre patrimónios —recentemente reformado— através de figuras como as SICAV e sociedades patrimoniais.
Por sua parte, “A Terra Treme” realiza um achegamento aos movimentos «indignados» no continente americano e o márketing policial que está a envolver a pré-campanha eleitoral espanhola —com diferentes casos de atuaçom policial mais própria dos filmes estado-unidenses—. Em “Povo”, Fernando Arrizado expom a artificialidade da Bélgica «um país artificial criado para separar Alemanha e França, dividido em três comunidades lingüísticas».
A secçom “Dito e Feito” descobre-nos quatro projetos de bibliotecas para a emancipaçom: a da Escola Popular Galega (Vigo), a feminista Livraria Lila de Lilith (Compostela), a itinerante Contos Solidários (Chantada), e anarquista A Ghavilla (Compostela). Na seçom da “Palestra” o tema da celticidade da Galiza volta ao debate, com Jorge Paços e Higino Martins. “Em Análise”, trata-se a normativa de permanência da USC e a luita estudantil contra a mesma. “Media” resenha a liquidaçom dos meios galegos do Grupo San José (A Nosa Terra e Xornal), bem como a visom vitimista a respeito da crise da comunicaçom empresarial em galego. Nos desportos, Xermán Viluba achega mais umha crónica da LNB, Ismael Saborido dá conta do remate da época de trainhas, e também se volta à polémica polas declaraçons anticapitalistas do ex-jogador de futebol Poves.
Lusofonia, teatro, crise e repressom nas entrevistas
Nas entrevistas, os advogados de militantes independentistas em processos judiciais, Manuel Chao do Barro e Borja Colmenero, analisam o atual contexto repressivo, com perto de vinte procedimentos judiciais abertos em relaçom com o independentismo e quatro presos políticos. Em “Além-Minho”, o secretário de relaçons internacionais e emigraçom do BNG, Gonzalo Constenla, fala da sua colaboraçom com o Bloco de Esquerdas na superaçom da barreira mental do Minho, e o ressurgir da «velha Gallaecia». Em “A Exame” Ana Moreiras, do coletivo de professores e professoras Aulas Indignadas, critica duramente o conselheiro de educaçom Jesús Vázquez, «um atrevido demagogo», e o processo de demoliçom do ensino público.
Aliás, Júlio Teixeiro, do Grupo de Estudos Mádia Leva de Lugo, e coordenador do livro da EPG Recessom ou colapso. A questom da crise nos marxismos , é entrevistado por volta da natureza da crise, sublinhando que «a ênfase na culpabilidade dos mercados oculta a tentativa de exculpar o capitalismo».
Com motivo do trinta aniversário da Associaçom Galega da Língua (AGAL), o seu presidente Valentim R. Fagim, analisa a viragem de paradigma do reintegracionismo, de umha concepçom filologista a outra social e mesmo lúdica: «é mais divertido viver o galego como língua mundial que vivê-lo como sendo apenas nós». Na contra-capa, Quico Cadaval, continuando com a temática da crise, aponta que «o caráter cíclico do capitalismo devolveu toda a atualidade à Ópera dos Três Reás».
O número completa-se com artigos de opiniom de José Viana defende sobre importáncia da ética como base do projeto independentista revolucionário; Sílvia Bermúdez (CIG) critica a atual crise como desculpa para saquear a classe trabalhadora; Samuel L. Paris assina umha coluna na contra-capa de genuíno punk galego.de corso para o saqueio da classe trabalhadora.
A Revista nº 38
No suplemento A Revista é homenageado o cuntiense Joám Jesus Gonçales, no aniversário da sua morte, o combatente galego que conjugou independentismo e socialismo, na altura de John Maclean ou James Connolly. Na secçom de criaçom, a colaboraçom deste mês é de Maria Seisdedos. No “Em Tempos”, com motivo do fim de SOQNF, revisitam-se as «precursoras do ridiculismo»: possíveis açons de guerrilha da comunicaçom em 1955, a distribuiçom da Nova Poesia Galega, a Coluna Juan Argimiro, VA-CA, Aduaneiros sem Fronteiras... Raquel Ríos assina “Más-Língua” na seçom de “A Foto”, sobre os graffiteiros de Ordes. Completam o suplemento Valentim R. Fagim em Língua Nacional, e Xurxo Chirro em Cinema.
Capa do Novas da Galiza do mês de outubro
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