Nº 101 do Novas desvenda as práticas corruptas de Plexus, empresa ligada a destacados membros do PP
A entrevista com Ricardo Castro, secretário-geral da CUT, pom de relevo a repressom com que se pretende coartar os movimentos populares mais combatentes
Segunda, 02 Maio 2011 07:04

PGL - O novo número do Novas da Galiza oferece, mais umha vez, um completo quadro da situaçom política, social e cultural galega. Os sintomas (arbitrariedade, desleixo, manipulaçom, corrupçom, repressom), a diagnose (mercantilizaçom da vida, exploraçom das pessoas e o território), a etiologia ou causas últimas (a procura capitalista do lucro) e a terapia ou propostas de soluçom (mobilizaçons populares, denúncia, iniciativas sociais e políticas).
Sobre as práticas corruptas do capital, a notícia em destaque informa detalhadamente da atividade da sociedade de novas tecnologias Plexus, dando conta de umha cumprida antologia da irregularidade acompanhada da concomitante repressom laboral. Por sua parte, a secçom A Denúncia informa da expoliaçom empresarial galega em Moçambique, com a colaboraçom da diplomacia espanhola e a Junta autonómica.
As informaçons sobre a condena aos proprietários da canteira “Cruz da Cancela” por um delito ecológico no rio Túria (Rio Torto), a instruçom polo Tribunal de Contas de um processo por corrupçom polos terrenos de Marineda City (Corunha) e as novidades das diligências da Operaçom Orquestra som três amostras da corrupçom na classe empresarial galega que chega aos diversos tribunais de justiça.
Os incêndios provocados pola negligência da Conselharia do Meio Rural, os novos serviços de diálise privatizados e concedidos à Fundaçom Renal Íñigo Álvarez de Toledo (FRIAT), vinculada a destacados membros do PP —entre os quais a atual conselheira de Sanidade— as concesons às empresas eólicas de espaços de alto valor natural em virtude no novo concurso da Junta, e o primeiro regulamento da Lei de Águas —que mercantiliza, mais umha vez, um bem básico—, som alguns exemplos do modo de governar da Junta do PP de que informa o Novas, além do aumento do desemprego, que alcança no País a quase 250.000 pessoas.
O papel cúmplice dos meios de comunicaçom de massas pom-se de manifesto na entrevista com Belém Puñal sobre informaçom e género, que analisa as práticas informativas que condenam as mulheres à alternativa de invisibilidade ou subsidiariedade, e nos artigos que denunciam a confusa informaçom sobre o conflito líbio ou a insuficiente atençom dos meios espanhóis aos documentos divulgados por Wikileaks. Ainda, a informaçom em Saúde, perante a precária informaçom fornecida pelo governo nipom, sobre os efeitos da radioatividade no corpo humano.
As dívidas dos partidos políticos com o sector financeiro e, mais em concreto, as do BNG com a Novacaixagalicia, que condicionam a autonomia política da formaçom nacionalista, som objeto de detalhada análise. Outra mostra de debilidade dos coletivos mais reivindicativos de que informa o Novas som as recentes cisons no movimento estudantil galego.
Em Opiniom, Sabela Igrejas fez um repasso à desestruturaçom da Galiza pola globalizaçom capitalista, e José A. Brandariz apresenta a condiçom vulnerável dos imigrantes como antecipo da exploração universal que nos aguarda.
As notícias sobre o despejo policial do centro social Casa das Atochas, o conflito da Líbia e a persecuiçom política da Acció Cultural del País Valencià por fazer possível a emissom da Televisom catalana na comunidade levantina, informam das medidas repressoras em diferentes âmbitos da realidade política.
A respeito das denúncias e mobilizaçons contra as estratégias privatizadoras dos setores produtivos destaca a informaçom sobre a instalaçom da piscicultura intensiva na Ria de Muros-Noia, a eucaliptizaçom da Galiza, as movilizaçons contra a privatizaçom da saúde e a água, assim como os protestos dos brigadistas contra a escassez dos recursos disponibilizados por Meio Rural.
A respeito doutras mobilizaçons populares, informa-se das relacionadas com a invasom da Líbia, as presas e presos políticos, as políticas de ajuste do Governo, enquanto Em Análise lembra os protestos contra o projeto da central nuclear de Jove nos anos 70. No mesmo sentido, na secçom Além Minho analisa-se a relevância política das recentes mobilizaçons em Portugal sob o rótulo “geração à rasca”, enquanto em Internacional informa dos novos objetivos do movimento bretonista.
Na entrevista com Ricardo Castro Buerger, o secretário geral da CUT (Central Unitária de Trabalhadores/as), sindicato combatente que persegue “a libertaçom nacional e a libertaçom da classe operária galega”, analisa o movimento reivindicativo ante a saída capitalista à crise e a repressom policiaco-empresarial de que é objeto o sindicalismo menos acomodatício.
A apresentaçom de onze candidaturas soberanistas nas eleiçons municipais de maio, as novidades sobre os centros sociais, assim como a resoluçom da Comissom do Mercado das Telecomunicaçons declarando legais as redes sem fios comunitárias, som algumhas das luzes no meio de tanta sombra de que informa este completo número do NdG.
Sobre outras iniciativas, coletivas ou individuais, que fortalecem os vínculos sociais, som especialmente interessantes as entrevistas a Uxio Allo, dirigente da Escola de Navegaçom Tradicional Dorna, ao dramaturgo Manuel Lourenzo, um dos pais do Teatro Independente galego, e ao taberneiro Josinho do Treze, além da crónica sobre o Aberto de bilharda de Cerzeda e a informaçom da primeira ediçom das Olimpíadas Populares Galegas, que decorreram o 21 e 22 de maio em Riba d’Ávia.
Para concluir este breve informe, Maria Touza e Josefa do Val analisam, na Palestra, o cinema pornô com motivo da estrela do primeiro filme pornográfico galego, umha recente iniciativa a prol da língua galega.
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