Periódico 'Novas da Galiza' atinge histórico número 100
Inclui suplemento especial de 16 páginas com reflexões de destacados vultos dos movimentos sociais galegos
Quarta, 16 Março 2011 09:57

PGL - Há quase um ano o Novas da Galiza convertia-se numha das publicaçons mais duradouras dentro do reintegracionismo, alcançando os 88 números d'A Fouce. Mas agora, em março de 2011, sai à rua o histórico número 100, cheio de conteúdos e com um volumoso suplemento comemorativo.
As leitoras e leitores habituais comprovarám que a publicaçom soberanista é, neste mês, sensivelmente mais grossa, pois às 28 páginas habituais —32 contando A Revista— cumpre somar as 16 de um suplemento para festejar os 100 números.
O suplemento especial inclui reflexões de destacados vultos do reintegracionismo, independentismo e outros movimentos sociais, como feminismo, ambientalismo, sindicalismo... Quanto às participações reintegrantes, cumpre salientar as de Isaac Alonso Estraviz (membro da Comissom Lingüística da AGAL), Higino Martins (histórico no reintegracionismo da Argentina), Valentim R. Fagim (presidente da AGAL), Carlos Quiroga (ex diretor da revista Agália), Joseph Ghanime (Associação de Docentes de Português na Galiza) ou Bernardo Penabade (ex presidente da AGAL), entre outros.
Já no que diz respeito do n.º 100 em si, leva à capa a polémica pola venda de mexilhom chileno como se fosse galego, supostas irregularidades no negócio eólico e o labor que realizam os centros sociais por toda a Galiza.
Nota editorial
A seguir reproduzimos a nota editorial publicada polo mensal soberanista com motivo destes cem primeiros números.
Mais cem
Quando este projeto começava a sua caminhada, lá polos inícios da década passada, nengumha das pessoas envolvidas podia enxergar um futuro como este. Um meio comunitário, soberanista, fiel a umha visom galego-portuguesa do idioma, que nascia ao alento de umha das jeiras mais férteis da auto-organizaçom popular da nossa Terra. Marés negras, políticas universitárias e reformas laborais conformárom umha Galiza agitada e rebelde da qual somos devedores. Daqueles gromos nasceu o atual movimento popular galego que, com grandezas e misérias, resiste contra vento e maré umha conjuntura inçada de incertezas.
Todos e todas nós sabíamos das dificuldades inerentes ao caminho, dos fluxos e refluxos próprios dos episódios coletivos, e do pequeno e digno espaço que podíamos conquistar combinando seriedade, profissionalidade jornalística e militáncia intensa. A surpresa, por assim dizê-lo, estava fora de nós e na sociedade que nos contornava. Chamemo-la ‘crise severa’ (segundo os mais prudentes) ou ‘crise terminal’ (segundo os mais categóricos), já ninguém duvida que entramos numha encruzilhada civilizatória incompatível com qualquer indiferença. Sintomas do esfarelamento em curso som os cortes de direitos, o esgotamento energético ou a fascistizaçom em alta. Também, como muitos assinalam, um enfraquecimento dos valores coletivos que desagua em atonia, confusom e saídas regressivas.
Para nós foi um orgulho, em nove anos de andaina, noticiar rigorosamente a evoluçom do país no século que nascia; fazê-lo denunciando qualquer abuso, e acompassados às iniciativas do povo organizado. Orgulho e responsabilidade é o que sentimos agora, às portas de umha nova época, para continuar a dar testemunho de todo o que se move.
Para isso, nada melhor que um compromisso de continuidade. Com ele, e com todos e todas vós, terám que vir mais cem números, nestes tempos tam necessitados de açom mancomunada e independência informativa.
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