Pilar Garcia Negro: «Carvalho Calero deve ser o autor mais lido e menos citado, mais plagiado e ocultado»
O volume inclui trabalhos de âmbitos tam diversos como o político, o jurídico, o literário ou o lingüístico
Actualizado em (Segunda, 25 Abril 2011 15:14)

PGL - A professora Pilar Garcia Negro, docente na Universidade da Corunha, acaba de publicar na Laiovento a obra Ricardo Carvalho Calero: a ciencia ao servizo da nación. Também a Junta anunciou uma ediçom facsimilar de Prosa Galega.
O livro de Garcia Negro é umha recompilaçom de ensaios e artigos sobre o ilustre galeguista e umha das pedras basilares do reintegracionismo. Da Laiovento explicam que esta ediçom de textos, pensados como homenagem no centenário do nascimento —que tivo lugar no ano passado—, recolhe umha «pequena antologia significativa» do trabalho do «maior e melhor polígrafo da sua geraçom», de quem assinalam que realizou achegas «fundamentais» para o estudo das nossas letras, bem polo seu rigor, bem pola sua vigência.
O labor de Garcia Negro foi selecionar os textos que formam parte deste volume dentre a vasta produçom do multifacetado professor ferrolano. Afinal incluem-se trabalhos de âmbitos tam diversos como o político, o jurídico, o literário ou o lingüístico.
Para Garcia Negro, resulta «delirante» que a obra de Carvalho Calero «nom seja moeda comum na universidade», e ao mesmo tempo denuncia que este mestre entre mestres «deve ser o autor mais lido e menos citado, mais plagiado e ocultado». Todo isto, polo «'pecado' de Dom Ricardo», que nom foi outro que o de «ser fiel à sua terra e aos postulados do primeiro nacionalismo galego», assinala a professora.
Capa do livro
«Homenagem» da Junta
Pola sua parte, a Junta anunciou a recuperaçom de «umha das obras mais senlheiras de Ricardo Carvalho Calero», em alusom à reediçom facsimilar de Prosa Galega. Com este ato, o Governo «quer render homenagem e honrar a memória de quem foi o primeiro catedrático de galego na Universidade».
Assim, esta mesma manhá o próprio presidente, Alberto Núñez Feijóo, entregou às filhas de Carvalho Calero um exemplar desta reediçom, «promovida polo Governo galego para comemorar o centenário [sic] do nascimento do professor».
Contudo, numerosos setores consideram que esta açom da Junta chega tarde, pois o centenário foi em 2010, ano durante o qual foram constantes as críticas ao Governo por nom divulgar a memória de quem o próprio Parlamento designou Filho Ilustre da Galiza.
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