Novidades na ATRAVÉS: duas de letras e duas de língua para viagem
Esta semana, lançamentos d'O Crânio de Castelão, Eu violei o lobo feroz e Quem fala a minha língua?
Terça, 23 Julho 2013 00:00

PGL - Que propõe a ATRAVÉS|EDITORA para este verão? A oferta é variada: um “anti-conto” em verso, um folhetim policial polifónico, um tanto de ecologia lingüística e outro de “economia lingüística”. O que as propostas têm em comum? Levar-te de viagem! Pola própria identidade, por todo o globo terráqueo à procura do crânio de Castelao, por diferentes pontos da Europa para conhecer melhor algumas línguas e lugares ou pola Lusofonia para revalorizar o galego. Presentamos a seguir os inícios das rotas e alguns pontos destacados dos percursos para animar à viagem.
Hoje mesmo terá lugar o lançamento d'O Crânio de Castelão, coordenado por Carlos Quiroga. Na quarta-feira, Eu violei o lobo feroz, de Teresa Moure, e Quem fala a minha língua?, volume coordenado por Xemma Fernández e Valentim Fagim. Outra das novidades é Falar a ganhar. O valor do galego, coordenado por Manuel César Vila.
O n.º 4 da publicaçom FEST-AGAL, que a AGAL repartirá de graça no Dia Nacional da Galiza, inclui entrevista com Teresa Moure (Eu violei o lobo feroz) e resenhas de Carlos Quiroga, Valentim Fagim e Manuel César Vila a respeito d'O Crâneo de Castelão, Quem fala a minha língua? e Falar a ganhar, respetivamente, bem como fichas de outras publicações recentes da ATRAVÉS. Para além da versom em papel, o FEST-AGAL também pode ser consultado em formato PDF.
Eu violei o lobo feroz. Teresa Moure
Vídeo promocional do lançamento de Eu violei o lobo feroz
Apresentaçom o 25 de Julho, às 19h45, na seqüência do Festigal. Apresenta Rafa Vilar.
Uma singular Capuchinho Vermelho reconstrói e constrói a sua historia e identidade através de confissões quando é retida por terrorismo ecológico.
Este livro, que ainda não é,
nasce duma ferida
comprida e profunda,
duma fenda escura e húmida
nos calabouços duma prisão do estado
repressor.
Este livro, que ainda não é,
nasce duma ferida palpitante,
da dor imensa de ver-me desamparada
logo de tantas ideias libertadoras
que pulam, aí onde estais, fora destes muros,
nas ruas, nos antros mal ventilados
que não se conformam com o ar assético da democracia
Mas, sobretudo, este livro
nasce duma ferida
carnosa e suave
que ciclicamente sangra
e que levo aberta
entre as pernas.
O Crânio de Castelão. Coordenaçom de Carlos Quiroga
Apresentaçom a 23 de julho, às 19h30, no Panteom de Galegos Ilustres. Intervêm vários dos autores do livro: Carlos Quiroga, Miguel Miranda, Xavier Queipo, Quico Cadaval, Suso de Toro, Antón Lopo e Xurxo Souto.
O projeto nasceu no encontro internacional "Galego no Mundo. Latim em pó" que decorreu em Santiago de Compostela inserido na programaçom da Capital Europeia da Cultura no ano 2000.
Depois de o Catedrático de Medicina, o Professor F., envolver o seu discípulo na procura do crânio de Castelão roubado do Panteom de Galegos Ilustres em Compostela, começam uma série de peripécias escritas por Carlos Quiroga (Galiza), Miguel Miranda (Portugal), Antón Lopo (Galiza), Bernardo Ajzenberg (Brasil), Suso de Toro (Galiza), Germano Almeida (Cabo Verde), Quico Cadaval (Galiza), Possidónio Cachapa (Portugal), Xavier Queipo (Galiza), Luís Cardoso (Timor) e Xurxo Souto (Galiza), que levaram o protagonista aos lugares mais inesperados.
Na tarde do 13 de Maio Santiago de Compostela estava já primaveril. Para o lado do Centro de Arte Contemporânea o Parque de Bonaval irradiava a calma do fim de semana, com isolados e vagarosos visitantes. Polas vidraças baixas do edifício de Álvaro Siza entrava uma luz nimbada que deixava na atmosfera do bar um sossego quente. Na mesa do canto estava sentado P. desde as 17:00 h., com alguma ansiedade mal dissimulada. Aguardava alguém. O Catedrático de Medicina, o Professor F., “orientador” da sua tese de doutoramento, tinha deixado para ele uma mensagem para encontrar-se naquele lugar. E P. consumira um café com impaciência, tratando de imaginar que podia querer o velho catedrático, sem alcançar uma explicação para o motivo da cita nem para a escolha precisamente do Museu.
Quem fala a minha língua?. Coordenaçom de Valentim Fagim e Xemma Fernández
Apresentaçom o 25 de Julho, às 21h15, no Festigal. Apresenta Valentim Fagim e intervêm Jairo Dorado e Carmen Alén, dous dos autores.
O volume compõe-se de seis trabalhos sobre línguas que por diferentes motivos políticos e históricos nom respondem ou respondêrom sempre igual à questom que dá nome ao livro: eu-naviego, neerlandês, moldavo, occitano, servo-croata e valenciano.
A pergunta "Quem fala a minha língua?" pode parecer retórica. A priori, todos os falantes sabemos respondê-la. Ora, há países e comunidades onde esta pergunta nom vai atingir uma resposta unívoca. Este livro debruça-se sobre alguns destes contextos sócio-linguísticos onde a identidade e a língua atuam como pano de fundo.
Falar a ganhar. O valor do galego. Coordenaçom de Manuel César Vila
Manuel César Vila conduz-nos polos cinco continentes através de relatórios, entrevistas e experiências de um leque pessoas de campos diversos que, como ele próprio diz na contracapa do livro, já estão a usufruir a vantagem de falar galego. Partindo da ideia de nom esconder a verdadeira dimensom e potencialidade da nossa língu,a surge este livro polifónico e com diferentes formatos. Ambos os aspetos servem para mostrar à sociedade galega a projeçom internacional da nossa língua e as potencialidades que este facto fornece. A pluralidade de vozes implica a participaçom no projeto de pessoas procedentes de diferentes âmbitos de atividade: a política, a economia, a engenharia, a informática, a banca, a empresa, a universidade, o ensino, a música, a cultura, a dança, o teatro, etc. Com a incorporaçom de diferentes formatos, a intençom última é expressar da melhor maneira possível as experiências e as opiniões das vozes anteriores. Assim, do livro fazem parte relatórios, entrevistas e narrações breves sobre experiências pessoais, para além dos desenhos do Xico Paradelo.
+ Ligações relacionadas:
- Dia Nacional da Galiza: AGAL terá um grande posto e lançamento de novidades editoriais [PGL, 22/07/2013]
- Ficha de Quem fala a minha língua? na loja Imperdível
- Ficha de Eu violei o lobo feroz na loja Imperdível
- Ficha d'O Crânio de Castelão na loja Imperdível
- Ficha de Falar a ganhar. O valor do galego na loja Imperdível
- FEST-AGAL n.º 4 [PDF]